Coleção: Château Marsyas

Inserida numa forte tradição oriental, a família Johnny R. Saadé tira, das suas raízes
levantinas, a paixão pelos desafios, entre os quais o renascimento das vinhas antigas
do Oriente.

A família Saadé é uma típica representante do sincretismo levantino com raízes na
antiga cidade costeira de Laodicea (moderna Latakia), bem como Antioquia, Alexandria,
Trípoli (Líbano) e Monte-Líbano. Suas raízes mercantis e latifundiárias remontam aos
séculos XVIII e XIX, com representantes proeminentes como Gabriel Saadé (1854-1939)
e Rodolphe Saadé (1900-1956).

Foi Johnny R. Saadé, filho de Rodolphe, que desenvolveu a navegação e outras
atividades de transporte na Síria, Líbano, Jordânia, Iraque e França antes de voltar às
raízes agrícolas da família através da produção vitivinícola no Líbano e Síria.

Marsyas é o antigo nome do Vale de Bekaa situado entre o Monte Líbano e o Anti-
Líbano. O nome deriva do famoso sátiro frígio que simbolizava a liberdade do homem
diante dos deuses.

Marsyas também passou a simbolizar a liberdade das antigas cidades autónomas.

O terroir no tradicional Vale de Bekaa, onde o solo é vermelho – evidência de ferro –
que, juntamente com pedras brancas, forma um meio de cultivo argilo-calcário bem
adaptado à vinha. É o calcário que confere ao terroir libanês seu caráter especial e
acrescenta algo aos aromas clássicos de cada casta. Aqui os sabores normais de
ameixa do Merlot tendem para trufas. O aroma de groselha em Cabernet Sauvignon
aproxima-se para notas de rosa-albardeira.